domingo, 31 de dezembro de 2017

Segurança para nós e aviões



Entorno da Baía de Guanabara terá mapeamento de aves para evitar acidente aéreo

  • 31/12/2017 13h30
  • Rio de Janeiro
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Cidades do entorno da Baía de Guanabara, como Duque de Caxias, Magé, Itaboraí, Niterói e São Gonçalo estão passando por um mapeamento para identificar focos de atração de aves que possam gerar riscos de colisão com aviões.

Rio de Janeiro - Programa de  mapeamento para identificar focos de atração de aves que possam gerar riscos de colisão com aviões Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil

O levantamento é uma ampliação do Programa de Gerenciamento de Risco da Fauna, que monitora os focos atrativos da fauna na Área de Segurança Aeroportuária (ASA) e faz o manejo da fauna na região do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão – Antônio Carlos Jobim.

O trabalho é feito em parceria com o Centro de Preservação de Aves de Rapina (Cepar) e conta com a atuação de aves de rapina e cães que afugentam ou capturam outras aves que ameaçam a operação do aeroporto.

De acordo com a assessoria da RIOGaleão, concessionária que administra o terminal, nas outras cidades será feito um mapeamento com a parceria das prefeituras, para saber a quantidade e tipos de aves que sobrevoam essas regiões. Áreas de lixões e concentração de pesca atraem animais que podem voar em direção ao aeroporto e colidir com as aeronaves.

Falcoaria
O trabalho com falcoaria e cães iniciou há 4 anos e, desde 2015, o número de colisões diminuiu 30%. Foram 109 em 2015, 74 em 2016 e 76 até novembro de 2017, segundo dados da Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes aeronáuticos (Cenipa).

De acordo com a Cepar, o número de acidentes foi reduzido na área de segurança onde o programa atua, mas ainda ocorre nas áreas de aproximação do aeroporto. Se forem consideradas apenas as espécies que habitam a área do terminal, a redução chega a 50%.

O manejo de fauna é feito por um grupo de 15 profissionais da biologia e veterinária. As aves de rapina - falcões e gaviões -, que são caçadoras naturais, são treinadas para afugentar e capturar urubus, carcarás e garça branca, e não matar.

A atividade é autorizada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e as aves são adquiridas de criadores legalizados e registrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Já os cães, da raça pointer inglês, são adestrados para farejar e identificar ninhos, filhotes e carcaças, que são recolhidos pela equipe. As aves capturadas passam por exames e catalogadas, depois são soltas no Parque Natural de Gericinó, em Nilópolis, na Baixada Fluminense.
Edição: Aécio Amado


terça-feira, 31 de outubro de 2017

Estamos contaminados!



Pesquisa encontra agrotóxico em 60% dos alimentos em São Paulo e Brasília
  • 31/10/2017 21h39
  • São Paulo





Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Testes toxicológicos realizados pelo Laboratório de Resíduos de Pesticidas (LRP) do Instituto Biológico de São Paulo, a pedido da organização não governamental Greenpeace, mostraram que 60% dos alimentos que a população de São Paulo e Brasília come diariamente contém resíduos de agrotóxicos. Em 36% das amostras, havia ainda alguma irregularidade, como presença de agrotóxicos banidos do país e de quantidade acima do limite máximo de resíduos permitido no Brasil.

Os alimentos foram comprados principalmente de empresas na Central de Abastecimento  (Ceasa) do Distrito Federal; na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em São Paulo; e na zona cerealista da capital paulista. No total, 113 quilos de alimentos foram analisados, divididos em 50 amostras. Os alimentos testados foram mamão formosa, tomate, couve, pimentão verde, laranja-pera, banana-prata, banana-nanica, café, arroz integral, arroz branco, feijão-preto e feijão-carioca.

“Os agrotóxicos podem causar sérios problemas de saúde. Vários estudos associam estes pesticidas com problemas como desregulação hormonal, malformação, distúrbios nos sistemas nervoso, reprodutivo e imunológico, e até o câncer. Estamos expostos a essas substâncias diariamente pelos alimentos”, disse Marina Lacôrte, especialista do Greenpeace em agricultura e alimentação.

Em diversos alimentos testados, encontrou-se mais de um resíduo de agrotóxico. A mistura de substâncias químicas no mesmo alimento pode causar o que é conhecido como efeito coquetel, cujos efeitos no corpo não são conhecidos e podem ser diferentes dos efeitos causados pelas substâncias isoladas, alertou o Greenpeace.

“Comer todos os dias, mais de uma vez por dia, algum desses alimentos que apresentaram mais de um tipo de resíduo de agrotóxicos, isso é realmente muito preocupando. Alimentar-se no Brasil hoje é uma verdadeira loteria, só que ninguém quer ganhar porque os prêmios são esses: problemas de saúde e diversos impactos ambientais”, disse.

Segundo Marina, os resultados refletem um cenário ruim de fiscalização no campo. “Essas irregularidades que apresentamos mostram que o cenário é muito ruim em termos de controle e fiscalização. Significa que boa parte das práticas que eram para ser cumpridas no campo não estão sendo cumpridas”. Em sua avaliação, este cenário pode piorar caso um conjunto de projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados seja aprovado, e que inclui o PL 6.299/2002, de autoria do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, além de outros projetos de parlamentares da chamada bancada ruralista.

“Se esse pacote for aprovado, vão transformar o país em um mar de veneno. O pacote do veneno é, que já está tramitando na Câmara, vai causar um verdadeiro desmonte da lei atual de agrotóxicos. Ele muda uma série de regras, causa uma série de retrocessos nessa lei. Um deles é que ele pretende mudar o nome de agrotóxicos para defensivos fitossanitários, o que é bastante grave, porque isso mascara a nocividade dessas substâncias”, avaliou. Além disso, o pacote de projetos prevê retirar o Ministério do Meio Ambiente e a Anvisa do processo final de aprovação dos agrotóxicos.

“Ele [o pacote] pode permitir que substâncias cancerígenas venham a ser aprovadas. Hoje em dia, a lei traz uma série de aspectos proibitivos. Um deles é se a substância se apresentar potencialmente cancerígena. Se ela tiver essa característica, ela nem passa para frente para continuar sendo avaliada, aprovada e registrada. Esse projeto de lei pode mudar isso”, disse. Marina explicou que o chamado “pacote do veneno” dará abertura para que tais substâncias sejam aprovadas.

A proposta do Greenpeace é que a população pressione para que a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos, que também é um projeto de lei e já está na Câmara, seja aprovada. É preciso que seja instalada uma comissão especial para analisar a matéria, mas, de acordo com Marina, existe uma pressão de deputados para que a comissão não se instale. “O que mostra que estamos muito na contramão, porque não só a gente não está começando a pensar no caminho de reduzir essas substâncias, ter uma agricultura menos impactante, mais regenerativa, que produza comida saudável para todo mundo, como estamos indo pelo caminho totalmente oposto, que é o de liberar substâncias mais perigosas”, disse a especialista.

O Ministério da Agricultura, sob o comando de Blairo Maggi, foi procurado, mas não retornou até a publicação da reportagem.
Edição: Davi Oliveira


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Intervenção social é saúde!



Desenvolvimento Social







A Secretaria de Desenvolvimento Social trabalha para garantir os direitos e o acesso a bens e serviços a cidadãos e grupos em situação de vulnerabilidade e risco social no Estado. Para isso, elabora, coordena e avalia toda a política de Assistência e Desenvolvimento Social, além de promover parcerias e a transferência e geração de renda aos 645 municípios paulistas.

O Governo do Estado ainda oferece, por meio de vários programas, acesso à qualificação, emprego e renda a milhares de paulistas, além de investir em cursos de qualificação e requalificação profissional e novas tecnologias, abrindo caminhos para a geração de renda e a manutenção do emprego no Estado.

Um exemplo do compromisso do governo paulista no combate à pobreza foi a unificação do programa estadual Renda Cidadã ao programa do Governo Federal Bolsa Família. Com isso, foi possível fazer o mapeamento e a localização das famílias em situação de vulnerabilidade social, para oferecer assistência e acelerar seu processo de inclusão.

Programas e Ações
Combate à pobreza
O Governo do Estado assinou um termo de adesão com 100 cidades paulistas de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para localizar famílias que vivam em condições de extrema pobreza, ou seja, com renda per capita mensal abaixo de R$ 70. O objetivo é inseri-las em um projeto de erradicação da pobreza transferindo renda com a integração dos programas Renda Cidadã, do governo estadual, e o Bolsa Família, do governo federal.

O Renda Cidadã é um programa de transferência de renda associado a ações complementares, que promove o desenvolvimento e a autonomia de famílias com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo.

A extrema pobreza ainda é um desafio a ser superado no Estado de São Paulo. Segundo o IBGE, do total de 16,2 milhões de pessoas consideradas extremamente pobres no Brasil, cerca de 1,1 milhão residem no Estado de São Paulo, o que representa 2,6% da população paulista. Desse total, cerca de 630 mil concentram-se nas regiões metropolitanas do Estado.

O programa Família Paulista, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social em parceria com municípios, secretarias estaduais e entidades não governamentais, foi criado para combater as múltiplas privações das famílias em situação de extrema pobreza e promoção da mobilidade e desenvolvimento social.

Entre 2016 a 2019, serão beneficiadas cerca de 200 mil famílias residentes nos municípios do Estado de São Paulo, que já estejam inseridas no Cadastro Único para Projetos Sociais do Governo Federal (CadÚnico), prioritariamente com renda mensal menor ou igual a R$ 77,00 per capita. Inicialmente, o projeto será implantado na região Metropolitana de São Paulo atendendo 50 mil famílias.

O programa de segurança alimentar do Governo do Estado de São Paulo foi criado em dezembro de 2000 para oferecer à população de baixa renda, refeições saudáveis e de qualidade a custo acessível. Atualmente, há 51 unidades no Estado: 22 na Capital; 8 na Grande São Paulo; 6 no litoral e 15 no interior. A rede de restaurantes serve diariamente mais de 84 mil refeições.

O almoço, com 1.200 calorias, composto por arroz, feijão, salada, legumes, um tipo de carne, farinha de mandioca, pãozinho, suco e sobremesa (geralmente uma fruta da época), tem custo de R$ 1 para o usuário. O subsídio do governo é de R$ 3,81 para adultos e de R$ 4,81 para crianças com até 6 anos, que não pagam pela refeição.

Já o café da manhã tem leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. A refeição, de 400 calorias em média, custa R$ 0,50 ao usuário. Em setembro de 2011, este serviço foi implantado em todos os restaurantes, com subsídio do Estado no valor de R$ 1,03 por refeição matinal.

Desde a inauguração do programa Bom Prato, foram servidas 166.388.852 refeições e investidos R$ 420.122.616,29 entre custeio das refeições, implantação e revitalização das unidades (dados atualizados em 08/2016).

Estimular a conclusão da escolaridade básica aos jovens é o objetivo do programa Ação Jovem, que possibilita os beneficiários a continuarem o aprendizado para o desenvolvimento pessoal e a inserção no mercado do trabalho, além da preparação efetiva do exercício da cidadania.

Têm direito ao benefício estudantes de 15 a 24 anos, com prioridade para aqueles com renda familiar de até um quarto do salário mínimo por pessoa. O valor é de R$ 80 mensais por pessoa, desde que tenha frequência escolar mínima de 75%.

Segundo dados de 2015 da Fundação SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados, a população idosa representa 13,19% da população total do Estado de São Paulo (cerca de 5,6 milhões de pessoas). Nas regiões Noroeste, Baixada Santista e Grande São Paulo, os índices de envelhecimento são bastante elevados.

Este novo perfil populacional demanda ações efetivas e integradas do Estado para garantir o envelhecimento ativo do idoso, fortalecendo seu papel social e também uma nova postura diante do envelhecimento.

Direcionado para pessoas acima de 60 anos, o programa Amigo do Idoso propõe ações voltadas à proteção, educação, saúde e participação da população idosa do Estado, com participação de onze Secretarias de Estado e do Fundo Social de Solidariedade (FUSSESP).

Serviços e informações
SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Rua Bela Cintra, 1.032 – 11º andar – CEP 01415-000 – São Paulo (SP)
(011) 2763-8000 (PABX)