Aumenta
número de acidentes com escorpiões no DF
Publicado em 05/07/2019 - 16:47
Por Jonas
Valente – Repórter Agência Brasil Brasília
De
janeiro a junho deste ano, a Vigilância Ambiental do Distrito Federal recebeu
824 notificações de acidentes envolvendo escorpiões. Em todos os meses de 2018,
foram registrados, no Distrito Federal, 1.229 casos. Passada a metade do ano,
os 824 incidentes já representam 67% de todas as notificações feitas junto à
Vigilância Ambiental nas regiões administrativas do DF no ano passado.
Na semana
passada, uma criança de 4 anos morreu picada por um escorpião enquanto dormia.
As reclamações têm se multiplicado na capital e em outros estados do país. Este
não é um fenômeno apenas recente. Nos últimos anos, a incidência de episódios
envolvendo escorpiões na capital tem aumentado. Em 2015 foram 514; em 2016,
887; em 2017, 955; e em 2018, 1.229.
A exemplo
do DF, a ampliação dos acidentes envolvendo escorpiões é um fenômeno que ocorre
no conjunto do país. O banco de dados de casos do Ministério da Saúde registrou
86.413 casos em 2015, 91.722 mil em 2016, 125.229 em 2017 e 156.702 em 2018.
Cuidados
Para
evitar a presença de escorpiões, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal
recomenda algumas medidas. Para quem mora em casas, é importante retirar
entulhos, restos de construção e aglomeração de lixo, locais buscados por esses
animais. Os escorpiões gostam também de espaços escuros e úmidos. Assim, é
preciso fechar acessos a frestas, canos e instalações elétricas. Outro cuidado
é verificar sapatos, toalhas, roupas e roupas de cama no momento de entrar em
contato com esses objetos.
Uma
recomendação para evitar a entrada em casa é a adoção de rodos duplos de
borracha nas portas, telas nos ralos e janelas. Um chamariz importante de ser
controlado são as baratas, alimento dos escorpiões.
Os
moradores podem recorrer à vigilância ambiental do seu estado tanto para
orientações de prevenção quando encontrarem um escorpião. Para o biólogo da
Vigilância Ambiental do Distrito Federal Israel Martins, é importante que os
moradores passem a adotar as medidas preventivas e também recorram às equipes
da instituição.
“Pessoas
precisam saber que há serviço de vigilância que pode auxiliar. No DF, temos 10
equipes. Se for dividir as 824 ocorrências de 2019 pelo número de equipes, dá
menos de um por dia. Falta à população tomar mais conhecimento desse serviço e
acreditar mais nas medidas preventivas”, disse o biólogo.
Além
dessas medidas, em caso de alguém ser picado é preciso conferir se o hospital
ou unidade de saúde para onde a pessoa pretende se deslocar tem soro
antiescorpiônico. Secretarias de Saúde podem ter centros de informação
toxicológica para fornecer orientações, que podem ser buscadas pelos
interessados ou envolvidos nesses incidentes.
Edição: Fernando Fraga
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