Rio tem
queda histórica de focos do Aedes aegypti no verão
- 07/03/2016 16h58
- Rio de Janeiro
Douglas
Correa - Repórter da Agência Brasil
Mosquito Aedes aegyptiArquivo/Agência Brasil
Balanço da infestação pelo
mosquito Aedes aegypti no Rio, feito pela Secretaria Municipal de Saúde,
entre os dias 18 e 24 de fevereiro deste ano, mostrou a menor quantidade de
larvas do inseto na história do município para o período de verão: 0,9%. O
resultado coloca a cidade na faixa verde, que representa baixo risco para
ocorrência da doença. O índice é considerado satisfatório quando está abaixo de
1% de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
De acordo com a secretaria, o
baixo índice de infestação pelo Aedes aegypti se deve ao constante
trabalho de prevenção, conscientização e colaboração da população. As ações de
combate aos criadouros do mosquito são feitas o ano inteiro, mesmo nos meses de
baixa incidência da doença, e reforçados nos meses mais quentes.
A prefeitura do Rio lançou, em
novembro passado, o Plano Verão, com uma série de ações desenvolvidas na cidade
nesta época, para minimizar possíveis problemas causados pelo fenômeno
climático El Niño. Entre elas, o reforço nas ações de combate ao Aedes aegypti,
por se esperar meses mais quentes e chuvosos, favoráveis à reprodução do
mosquito.
A metodologia divide o município
em estratos que variam de 8.100 a 12 mil imóveis com características
semelhantes. Em cada região, são pesquisados pelo menos 433 imóveis. A pesquisa
identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do Aedes
aegypti. A metodologia permite saber, em curto espaço de tempo, quais áreas têm
alta infestação, além de ser possível identificar quais os tipos de criadouros
preferenciais em cada estrato, visando realizar atividades específicas e
alertar a população por meio de mobilizações sociais.
O levantamento apontou ainda que
26,9% dos focos do mosquito estavam em depósitos fixos, como ralos, bombas,
piscinas não tratadas, cacos de vidros em muros, toldos em desnível, calhas,
sanitários em desuso, entre outros. Os criadouros do vetor ainda são muito
encontrados em vasos e pratinhos de planta e em materiais descartados
indevidamente, como recipientes plásticos, garrafas, latas, entre outros (ambos
com 21,2%). Seguidos dos depósitos para armazenamento doméstico de água como
tonel, tambor,
barril, tina, filtros e potes (20,3%).
Edição: Maria
Claudia
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