Municipalização
de hospitais alivia crise na saúde no Rio, diz Pezão
- 05/01/2016 21h58
- Rio de Janeiro
Cristina
Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro,
Luiz Fernando Pezão, disse hoje (5) que com a municipalização dos hospitais
Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande – ambos na zona
oeste do Rio –, o estado vai ter a possibilidade de aplicar recursos em outras
unidades para reduzir a crise na rede de saúde fluminense.
“Neste momento de
dificuldade das finanças do estado [a municipalização] desonera o estado neste
compromisso e faz com que a gente foque os recursos da saúde mais fortemente
nas UPAs [unidades de pronto atendimento], no hospital Carlos Chagas e no
hospital Getúlio Vargas”, disse na cerimônia de assunção dos dois hospitais do
estado pela prefeitura carioca, no Palácio Guanabara.
Governador do Rio de Janeiro,
Luiz Fernando Pezão, anuncia a municipalização dos Hospitais Albert Schweitzer
e Rocha Faria Cristina Indio do Brasil/Repórter da Agência Brasil
Pezão agradeceu ao prefeito do
Rio, Eduardo Paes, pela parceria, finalizada em uma reunião das equipes de
saúde do estado e do município, na manhã de hoje, na sede da prefeitura. Ele
lembrou que durante o governo de Sérgio Cabral, a prefeitura já tinha assumido
o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. “Quero agradecer ao
prefeito por mais esta parceria que sempre se materializou com o nível de união
entre os três entes federativos”, disse, e completou: “Tenho certeza que a
gente ainda vai estabelecer muitas outras parcerias”.
Eduardo Paes contou que os
investimentos em saúde sempre foram uma prioridade para o estado e para a
prefeitura. Ele destacou que o Rio é a cidade que tem o maior número de UPAs
)no Brasil. “Somadas as UPAs da prefeitura e do governo do estado temos 35
[unidades]. São Paulo que tem o dobro da população tem 22 UPAs”, informou.
Segundo o prefeito, a parceria
entre município e estado faz parte do esforço para acabar com a história de
transferência de conflitos. “O Brasil passou muito tempo com a velha história
do mosquito para saber se ele era federal, estadual ou municipal. As pessoas
precisam ser atendidas nestes dois hospitais. São munícipes do Rio, são
cidadãos cariocas na área que a gente considera prioritária para essa atenção
da saúde”, analisou.
Paes acrescentou que a
municipalização das duas unidades era uma promessa de campanha dele. “Acho que
este movimento que a gente faz hoje, acima de tudo, além da parceria, permite
cuidar daquilo que é mais importante, que é cuidar da saúde das pessoas da área
mais carente da cidade. A zona oeste é a área mais pobre da cidade, que mais
necessita”, assinalou.
O secretário de estado de Saúde,
Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, disse que a transferência do Albert
Schweitzer e do Rocha Faria vai garantir o serviço das unidades de urgência e
emergência. Sobre a rede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu),
não há previsão de mudança. Ele disse que o Samu será mantido na jurisdição do
estado, tal qual as UPAs. Toda a zona oeste e as pessoas do Rio de Janeiro
podem ter certeza de que "vamos manter as nossas urgências e emergências
funcionando, e vamos ter a manutenção do Samu como vem funcionando no Rio de
Janeiro”, assegurou.
Teixeira Júnior informou que na
quinta-feira (7), quando será feita a entrega oficial do Albert Schweitzer para
a prefeitura, começará a realocação dos servidores que atualmente trabalham lá
para outras unidades do estado como o Hospital Carlos Chagas, em Marechal
Hermes, zona norte da cidade.
Edição: Stênio
Ribeiro
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