Total de
desempregados no país cresce e atinge 14,2 milhões, diz IBGE
Os dados
fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua) divulgada hoje, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística 28/04/2017 às 14:46
(Foto:
Agência Brasil/Arquivo)
Nielmar
de Oliveira - Agência Brasil (*)
A taxa de desocupação no país
continua em alta e o país tem agora 14,2 milhões de desempregados no trimestre
encerrado em março, número 14,9% superior ao trimestre imediatamente anterior
(outubro, novembro e dezembro de 2016) – o equivalente a 1,8 milhão de pessoas
a mais desocupadas.
Os dados fazem parte da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada hoje, no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com
os resultados do primeiro trimestre. No trimestre encerrado em fevereiro, o
Brasil tinha 13 milhões de desempregados.
Segundo o IBGE, a taxa de
desocupação fechou março em 13,7% com alta de 1,7 ponto percentual frente
ao trimestre outubro/dezembro de 2016, quando o desemprego estava em 12%. Em
relação aos 10,9% da taxa de desemprego do trimestre móvel de igual período do
ano passado, a alta foi de 2,8 pontos percentuais. Essa foi a maior taxa de
desocupação da série histórica, iniciada no primeiro trimestre de em 2012.
Em relação ao primeiro trimestre
móvel do ano passado, a alta da taxa de desocupação chegou a 27,8%, o que
significa que mais 3,1 milhões de pessoas estão procurando.
População ocupada recua
A população ocupada do país no
trimestre móvel encerrado em março ficou em 88,9 milhões de pessoas, recuando
tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (outubro, novembro e
dezembro) quanto ao primeiro trimestre móvel do ano passado.
Os números da Pnad Contínua
divulgados hoje pelo IBGE indicam ainda que, em relação ao último trimestre de
2016, a queda foi de 1,5%, ou menos 1,3 milhão de pessoas ocupadas, enquanto em
relação aos três primeiros meses de 2016 a retração chegou a 1,9%, ou menos 1,7
milhão de pessoas.
Ao fechar o trimestre encerrado
em março com uma população ocupada de 88,9 milhões de pessoas, os dados do
desemprego registram também outro recorde negativo desde o início da série
histórica em 2012. Este é o menor contingente de pessoas ocupadas desde o
primeiro trimestre daquele ano, quando a população ocupada era de 88,4 milhões
de pessoas.
Este nível de ocupação
(percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a
recuar 53,1% no trimestre de janeiro a março deste ano, com queda de 0,9 ponto
percentual, quando comparado ao nível do trimestre imediatamente anterior, de
54%. Em relação ao nível do mesmo trimestre de 2016, quando o nível de ocupação
era de 54,7%, houve retração de 1,7 ponto percentual.
Carteira assinada
O aumento crescente das taxas de
desemprego no país vem refletindo no número de pessoas com carteira de trabalho
assinada, que fechou o trimestre móvel encerrado em março também com o menor
contingente já observado na série histórica.
Segundo os dados da pesquisa, o
número de empregados com carteira de trabalho assinada fechou março em 33,4
milhões de pessoas, recuando em ambos os períodos de comparação: frente ao
trimestre outubro/dezembro de 2016, o recuo foi de 1,8%, ou menos 599 mil
pessoas com carteira assinada. Já em relação ao trimestre janeiro/ março do ano
passado, a queda foi de 3,5%, ou menos 1,2 milhão de pessoas.
Rendimento
Apesar do número recorde de
pessoas desocupadas no país, o rendimento médio real habitual do trabalhador
brasileiro manteve-se estável no trimestre encerrado em março: R$ 2.110. No
trimestre anterior o rendimento era de R$ 2.064 e, no primeiro trimestre do ano
passado, de R$ 2.059.
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